Daniele Moreira Alves

Intensa. Indomável. Indelével. Ah, e Dani para os íntimos!

sábado, 11 de setembro de 2010

Setembro, meu mês de mulherzinha ou de mulherão

Preciso falar, antes de tudo, que não sou feminista, muito menos machista.

Jamais poderia defender o machismo simplesmente porque nem consigo imaginar a idéia de que os homens sejam superiores às mulheres.

Também não defendo o estereótipo da mulher que para fugir dos padrões opressores do mundinho chauvinista acredita que é superior, tenta mostrar-se superior, e provar todo o tempo que é superior, igualando-se, portanto, na abominável crença da inferioridade (agora masculina); isso é puro femismo, a vertente radicalizada do feminismo (que por ser radical, já perde a força).

Quanto ao feminismo, não me enquadro porque apoio parcialmente esse grande movimento intelectual, filosófico e político. Concordo com discursos que advogam pelos direitos das mulheres e seus interesses, reconheço e agradeço todas as muitas e valiosas conquistas, contudo há que se atentar para o exagero nas causas que pode levar-nos ao sexismo e à segregação, o que é um retrocesso.

Sou favorável à crença da igualdade entre os gêneros, nenhum é superior ao outro, ponto e pronto.

Sobre a brincadeira do título, referindo-me ao rótulo (detesto rótulos!) mulherzinha, faço questão de explicar: Não tem nada de pejorativo, ao contrário. Definitivamente o “inha” não reduz em nada a nossa condição de mulher e nem se refere à banalização do termo comumente associado à fragilidade e futilidade. Da mesma forma que o popular mulherão, tão ligado à forma física, compreende mais que corpo, encontrando na postura e na atitude suas melhores definições.

Quero valorizar a atual condição da mulher poder ser o que ela quiser, batalhadora e independente financeiramente; cheia de responsabilidades com sua própria vida, sua casa, sua família; casada, ou não; solteira ou enrolada; com filhos, ou não; moderna, descolada, bem resolvida e ao mesmo tempo romântica, sonhadora, família; feminina, delicada, forte e decidida; determinada e aguerrida; que adora sair para comer fora, mas que também sente prazer em cozinhar sem peso; que trabalha o dia inteiro, mas que tem tempo para fazer academia e cuidar da saúde e manter o corpitcho em dia; vaidosa sem ser fútil e sem sentir culpa por querer e poder bancar seus mimos, viagens, compras e massagens; que não se acomoda, quer ser reconhecida e batalha por seu lugar no mundo, na carreira ou no coração de alguém . Somos gigantes e podemos muito, não temos que escolher apenas um tipo e nem personificar um modelo, tem espaço para tudo, livremente! Podemos gostar e conservar ou não gostar e experimentar outras possibilidades, sem preconceitos.

Tudo mudou dos idos séculos até aqui? Ainda não... Tudo não! Ainda existem os moralismos convencionais, as pressões sociais, a cobrança dos padrões comportamentais, mas... Conseguimos administrar sem sofrimento e assim vamos vivendo as delícias de ser mulher! Mulherzinha ou mulherão, absolutamente mulher!

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