Daniele Moreira Alves

Intensa. Indomável. Indelével. Ah, e Dani para os íntimos!

sábado, 18 de setembro de 2010

"Boom"


Fui assistir à famosa peça "Boom".

Não estava empolgada porque achava o ator principal caricatural (e ao extremo), coisa que não gosto e que para mim já é motivo suficiente para não dar ibope.
Também não gosto daquele humor montado com clichês, cheio de momentos deduzíveis e excesso de caras e bocas, que na minha pré-concepcão certamente recheariam o espetáculo.
Outra coisa, apesar de adorar estar sempre por dentro do circuito, eu não me senti "obrigada" a fazer parte da platéia dos "grandes sucessos do teatro nacional" (leia-se eixo Rio-São Paulo), depois de pesquisar sobre a peça em questão; realmente não me empolgou.

Mas (felizes de nós, na vida existe um "mas"), como garota fofa que sou (eheheh...), resolvi ceder ao apelo (rs...) e fazer companhia à minha prima Lu (que ama Jorge Fernando e estava doida para assistir) e fui ao teatro livre dos meus preconceitos contra o rapaz e contra tudo que descrevi acima e aberta à um noite leve de sexta-feira. Sabia que daria risada um momento ou outro (afinal a peça é de humor e eu sou uma besta para rir), apesar de estar pronta a me recusar naqueles momentos em que o ator tenta me forçar mas que eu não acho graça, porém me surpreendi...

Jorge Fernando, o ator principal, dança (destaque para o sapateado), canta e interpreta muito bem os vários personagens, além de interagir todo o tempo com a platéia com sua boca suja e seu ar carismático. Além dele, Maria Carol e Marcelo Barros, compõem o elenco.

Merecem destaque também o figurino bem produzido (Jorge troca os trajes em cena e com uma velocidade impressionante), o cenário interessante (tem um quê circense) e os efeitos especiais.

A necessidade de aparecer é quase palpável, mas não me incomodou. Ele inclusive fala que a peça nasceu dessa necessidade há doze anos atrás (e pelo tempo que está em cartaz, presume-se que ela permanece), ele ainda reforça a idéia durante todo o espetaculo quando pede, constantemente, aplausos e mais aplausos.

O tema, a linha tênue entre a morte e a vida, reencarnação e o 'grande momento da passagem', é trabalhado de maneira divertida e não tem nenhum apelo à discussões sobre religiões ou religiosidade.

A mensagem, praticamente "Carpe Diem" passada de maneira muito bem-humorada, é de que devemos aproveitar cada momento e valoriar cada instante das nossas vidas, e isso (que também é o meu lema) para mim já valeu!

Assistam, vale a pena!!!

OBSERVAÇÕES:

1. A temporada em Salvador foi curtíssima, apenas ontem e hoje. E achei que o espetáculo foi pouco divulgado. Além do valor do ingresso que estava muito alto. Talvez por estas razões a sala não estava lotada (foi a primeira vez que fui a um espetáculo em que a sessão não estivesse completa). Espirituoso, Jorge Fernando brincou: "Que coisa horrível, eu sou um homem de meia-casa! Rsrsrs... Me ajudem a encher isso aqui e divulguem para que seus amigos me assistam amanhã, ainda dá tempo!);

2. Prima, muito obrigada por insistir! Eu te amo e a sua companhia é sempre maravilhosa!!! E a nossa extensão (pacote, ahahah...) "teatro-bar-crepe-risadas" foi dez!

2 comentários:

  1. O engraçado é que partilhamos da mesma opinião sobre Jorge Fernando... mas.. agora, como faço parte do circuito Rio - São Paulo (rs) vou poder te dar algumas dicas das que valem a pena. Pela sua descrição desta, irei assim que puder!
    Belo Post!

    Bju

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  2. Obrigadíssima pelo elogio, amore mio!!!
    E muito obrigada pelas futuras dicas, meu informante especial e particular (Ai, meu Deus, essa criatura vai ficar insuportável com essa vida no circuito!!! Ahahah...)

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