Daniele Moreira Alves

Intensa. Indomável. Indelével. Ah, e Dani para os íntimos!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Às vezes, a toalha molhada sobre a cama tem que ser ignorada

Aprendi que, muitas vezes, é preciso abrir mão de certas coisas, em nome do amor.

Não estou falando de abrir mão de todos os nossos desejos e, principalmente, de nossas verdades. Nem vou discorrer sobre comportamentos inadequados e posturas impróprias para quem decide ser um casal. Estou falando de abrir mão de picuinhas e implicâncias, detalhes que, realmente, não fazem a diferença e fazem toda a diferença.

Administrar situações e evitar conflitos, eis a questão.

Se viver a rotina já é um desafio para um casal, imagine o dia-a-dia recheado de reclamações banais e repetitivas? Ninguém merece! Acrescentar chatices e nhemnhemnhens à vida da dupla pode então ser a gota d'água para minar o relacionamento. Ninguém aguenta! Logo, o melhor é evitar o estresse bobo e o desgaste à toa (reserve-os para quando necessários, se é que existe algo nesta vida pelo que devamos nos corroer tanto. Ora, o amor _afinal _é para nos fazer bem e não mal!).

Relacionar-se, e querer estar com e manter em sua vida alguém que escolheu, significa aceitar o outro com seus defeitos, qualidades e... manias. Significa também, e principalmente, que terá que abrir mão de algumas de suas vontades e... manias. Não há relação sem concessões. Um dia você cede, no outro dia o outro cede. Haverá impasses e objeções, naturalmente, mas não precisa haver conflito. As escolhas devem ser feitas em nome da relação, da dupla, da parceria. Dizem que pessoas muito egoístas, metódicas ou sistemáticas jamais conseguirão viver um relacionamento feliz.

Portanto, caros, ao invés de perder tempo reclamando dos péssimos hábitos do parceiro, invista tempo prestando atenção ao que seu par tem de melhor. Perceba o valor da pessoa que está ao seu lado, observe quem ela é, relembre o que te encanta, guarde o que a faz especial, e diga isso para ela. Faça bem para sua relação, não a destrua.

Vamos viver e buscar a felicidade pela simplicidade real e não pela perfeição ideal _porque esta pode ser inatingível.

Quanto aos hábitos? Ah, todos temos! E por tratarem-se de práticas recorrentes, costumes, comportamentos resultantes da repetição, e por serem inconscientes, são de difícil reversão... Pode ser que os homens continuem a encher de pêlos a pia do banheiro, a não abaixar a tampa da privada, a não repor o papel higiênico, a deixar uma trilha de roupas usadas pelo chão e a molhar todo o banheiro por sair do box sem se enxugar, enquanto que é possível que as mulheres continuem a tentar manipular o controle remoto entre novela-seriado-comédiaromântica-novela, a querer discutir a relação a todo momento, a demorar para se arrumar fazendo-o esperar, a passar horas no shopping comprando tudo (ou nada) e a tentar conversar durante a exibição do jogo de futebol, mas, convenhamos, isso vale um aborrecimento, uma discussão, uma briga? Lógico que não!

Fica o convite à reflexão: O que é um ralo entupido de cabelos femininos ou uma toalha masculina molhada sobre a cama diante das maravilhas proporcionadas pelo amor?


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