Daniele Moreira Alves

Intensa. Indomável. Indelével. Ah, e Dani para os íntimos!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O câncer de Giane




Gianecchini está com câncer.
E por que esta notícia nos assusta tanto?
Se tantas pessoas tornam-se vítimas desta terrível doença que por muito tempo não podia nem ser pronunciada, mas que hoje é tão popular ao ponto de ser uma das maiores causas de morte da população mundial (apesar dos avanços da medicina, no combate e no tratamento), por que recebemos o enunciado com tanta comoção?
Talvez a beleza, a juventude e a jovialidade, a riqueza e o carisma do ator tenham sido as causas da inquietude geral que se abateu sobre os fãs e por todos os veículos de comunicação que divulgam a notícia como fato extraordinário.
Temos a tendência de achar que os mais desprovidos de dinheiro são os mais sujeitos (esta camada pode ter mais dificuldade de acesso ao tratamento, contudo todas as pessoas independente de classe social estão na mesma linha de tiro, a doença não distingue condição financeira); temos a tendência de achar que os mais velhos sucumbirão primeiro (e assim seria pela ordem natural e cronológica, mas doenças não consultam ampulhetas); temos a tendência de achar que só acontece com o outro muito distante e nunca conosco ou com um dos nossos (e este lindo e simpático rapaz que nos estonteia pela TV nos parece tão familiar e tão próximo...). Mas lembremos de tantas crianças, as maiores representantes da vivacidade, que são portadoras dos mais variados tipos de câncer. Mas lembremos dos tantos anônimos que já se foram sem nenhuma nota no jornal. Mas lembremos dos muitos outros que estão na mesma batalha contra a fatalidade. Mas lembremos que estamos todos sujeitos, bastando para tanto estarmos vivos, e a partir daí façamos uma reflexão sobre o que podemos fazer para nos cuidarmos e para ajudarmos os outros contra o árduo e temido estado oncológico.
Não é fácil lidar com o câncer, que devasta não só o paciente, mas também as pessoas do seu ciclo familiar e aos mais próximos. O primeiro passo é não subestimar a doença que é, de fato, avassaladora. Porém, o passo mais importante é não se subestimar e lutar contra ela. Força de vontade, fé e bom humor são itens indispensáveis na dolorosa trajetória e que, aliados à quimioterapia, radioterapia e demais terapias, fazem a diferença.
Reynaldo Gianecchini, que já está careca, tem mantido uma rotina normal e saudável dentro do possível, das limitações impostas pelo tratamento e das mazelas do seu raro tipo de câncer. E, certamente, tem se valido do seu bom astral para ajudá-lo na recuperação, sem deixar-se abater, permanecendo charmosíssimo e com aquele sorriso desconcertante estampado em seu rosto perfeito, mesmo após a perda do pai que faleceu também vítima do câncer há pouco tempo _ o que, de forma que pode parecer antagônica, tem lhe dado mais garra para vencer esta guerra a favor da vida...
Quero te ver bem, e logo!!! Força e saúde, Giane!


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