Daniele Moreira Alves

Intensa. Indomável. Indelével. Ah, e Dani para os íntimos!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Conquistando...

...Há exatamente 01 ano por "aqui"!!!

Quando cheguei para morar em Vitória da Conquista nunca tinha visto a cidade antes, nem de passagem, nunca tinha pisado os meus pés na próspera terra do sertão baiano.

Conversei com muita gente nascida na cidade e, em especial, com os "não locais" que tinham morado ou ainda moram lá, ouvi atentamente suas impressões e recomendações.

Pesquisei bastante, li detalhadamente cada informação. Jornais, internet, revistas, tudo me interessava. Queria saber sobre a vida local, opções de escola, questões de saúde, lazer, economia, desenvolvimento, ...

Da proposta de trabalho à minha viagem da mudança correu o ínterim de uma semana. Um intervalo mínimo e nenhuma dia a mais para maturar uma decisão tão transformadora. Uma boa oportunidade profissional, uma vontade enorme de ascender e evoluir, um impulso destemido maior ainda. Não tive muito tempo para pensar, tudo aconteceu muito rápido. Emoções à flor da pele. Familiares estupefatos. Coração ao largo. Ninguém acreditava em minha partida. Muitas despedidas. Energia positiva vibrando no ar de forma quase palpável.

Tomei a decisão e fui de vez. Com a cara e com a coragem. E com muita vontade e disposição para fazer com que tudo desse certo. A aposta principal era a de que certamente seria feliz, realmente feliz, enquanto e durante todo o tempo em que estivesse morando na nova cidade.

Eram muitas mudanças e vários desafios: Trabalho novo (já com o aviso de que não seria fácil); cidade nova (nunca tinha morado fora de Salvador antes, e tratava-se de uma mudança da capital para o interior); casa nova (mudar da casa onde morei durante toda a minha vida, minha história, e onde sempre morei com meus pais, meus alicerces. É, eu estava saindo de casa, deixando o ninho...); vida nova (ser a "dona de casa", ser a "provedora do lar", ter que pagar contas, fazer supermercado, atentar-me para os detalhes e assumir todas as novas responsabilidades inerentes à 'entrega da escritura de proprietária do destino'); hábitos novos (criar e estabelecer uma nova rotina), aiai... Tanta coisa, quanta coisa, muita coisa!

E ainda tinha um ponto crucial, a maior das preocupações: A vida de Nath seria transformada e diretamente afetada pela minha decisão... Para tudo dar certo e valer a pena ela tinha que estar feliz.

Respirei fundo e tudo aconteceu como tinha que ser. Sem desespero, sem agonia, sem aflição, nem pressa e nem ansiedade. Não foi fácil, dificuldades aconteceram, o que deu o tom de superação de obstáculos. Tudo fluiu bem, na mais perfeita ordem e harmonia. A vida é feita de mudanças e eu adoro desafios. Sabia exatamente o que queria e acordei, diariamente, pronta para fazer acontecer da melhor forma que eu pudesse. Um ano se passou, e passou bem rápido, cresci, amadureci, errei, acertei, aprendi e assim continua a minha vida, uma vida verdadeiramente boa, estou feliz. Sou uma mulher de garra, fé e sorte, muita sorte!

Tenho muito o que agradecer, só agradecer! A Deus pelas graças, vitórias e conquistas; à minha família, pelo calor, pela união e pelo amor, que me acrescentam, e pela admiração que me move; em especial a meus pais, Gil e Osmarão, divinamente maravilhosos, pelo amor incondicional que me ajuda a ser mais e melhor, pelo incentivo permanente e pela ajuda constante e contínua; à minha filha, Nath, jóia rara e perfeita, minha pequena e grande guerreira que me mostra todos os dias com o seu amor e sua sabedoria como o mundo é lindo, generoso e compreensivo, e me ensina como podemos ser ainda mais fortes e mais capazes de vencer tudo; agradeço também a , querida, meus braços e minhas pernas em casa, que cuida do lar, de Nath e de mim; aos meus prezados colegas de trabalho (Célio - o chefe, pela oportunidade, pela confiança e pelo estímulo; Fábio "Sam" - minha dupla e amigo, pela parceria diária de pura sintonia e pelo companheirismo; Kléber - amigo querido, pela disposição, pela disponibilidade e pela atenção contínuas; as meninas - Kary, Miloca, Rosa e Neusinha, pelo apoio e pelos momentos vividos e compartilhados); à todos os amigos de todas as partes do mundo, pela alegria dos reencontros e pelo carinho energizante; às visitas, pelo frescor da novidade, pela alteração dos movimentos da casa e da rotina e pelo prazer da presença, adoro recebê-las _ às que já vieram, voltem sempre; às que ainda não, o convite continua feito; à todas, porta, braços e coração abertos!; e por fim à todas as pessoas especiais e tão importantes em minha vida, muito obrigada por tudo!

Cheguei com três malas gigantes rumo a um hotel onde morei por um mês; enchi essas malas inúmeras vezes a cada ida a SSA; rodei imobiliárias, casas e apartamentos procurando o lugar ideal para pousar e achei (está lindo e decorado com a "minha cara"); fiquei três meses sozinha até a chegada definitiva de Nath pós-término de ano letivo e férias; me adaptei fácil e rapidamente à cidade tranquila, de gente acolhedora e de clima agradável; já conheço as ruas pelos nomes; já circulo tranquilamente como uma local (apesar do biotipo denunciar, rs...) e já ensino também como chegar onde se quer; já sou conhecida pelo nome; já estabeleci rotina; já inseri involuntariamente bordões conquistenses ao meu linguajar; já tenho vida social ativa; já tenho amigos, contatos e referências...

Estou integralmente em VCA de segunda à sexta. Mas aos finais de semana, a minha essência chacoalha o meu corpo e a minha alma... E eu me transporto para SSA.

Aqui estando, em Salvador, como estou agora, findado o período de dois dias soteropolitanos por semana, ponho-me a preparar-me inteira para o regresso. E, confesso, mesmo passado um ano e mesmo vindo a cada fim de semana, sempre do retorno para Conquista ainda retardo a fazer as malas, a entrar no carro, a chamar o táxi, a comprar as passagens, ainda retardo... Ainda me derreto quando me falam da falta que faço e da saudade que deixo, me derreto... Ainda choro. Gosto demais de morar em Conquista, mas não desapeguei de minha Soterópolis, rsrsrs... Meu coração acelera toda sexta-feira à noite... Salvador é minha casa, o azeite de dendê que corre em minhas veias é produzido aqui, então preciso vir periodicamente para revigorar, rsrsrs... E é tanta coisa para fazer e tanta gente para ver, que o sábado e o domingo são insuficientes. Porém o dever me chama e eu retorno sem reclamar, volto feliz para a cidade onde decidi estar.

E a vida segue...


Vitórias e conquistas, já comemorei várias!

E em Vitória da Conquista, continuarei a viver, por mais um tempo, mais outras tantas!

Adoro essa vista e esse pôr-do-sol azul rosado que só se vê lá de minha casa.

Um comentário:

  1. Dani, voce escreve muito bem. Linda historia. Parabens!

    Patricia Castro.

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