Interessante como absorvemos e reproduzimos os bordões ainda que ignorando ou rejeitando a origem deles...
A frase que entitula este post e que virou febre, virou letra de música de funk carioca, virou toque de celular, virou destaque entre os vídeos bombados na internet, virou frase pronta para toda e qualquer situação de aflição, foi "lançada" em programa de TV e que eu também falei muito, mas havia sido apagada da minha memória desde os idos de 2009, afinal essas coisas são tão inúteis e passageiras...
Acontece que a frase foi proferida por um elemento, meliante perigoso e sem escrúpulos, que estava sendo preso e sabia que indo para a prisão qual seria a próxima cena da sua vida: O bicho ia pegar e o couro ia comer na casa de Noca, e lá filho chora e mãe não vê (eheheh...). Consciente da sua bandidagem nojenta e da baixa tolerância dos seus futuros colegas de confinamento, o elemento clamava pelo Senhor! Enquanto isso os repórteres e o público dessa escória chamado programa sensasionalista, que atreve-se divulgar como notícias fatos deste nível, divertiam-se com o imundo reality show da vez, cruel e ao vivo. (Desculpem-me pelo desabafo, mas tenho verdadeira repulsa a tudo isso.)
Mas repito e volto ao motivo do post: Interessante como absorvemos e reproduzimos os bordões ainda que ignorando a origem deles... Hoje eu ouvi um 'gringo' falar a tal frase. Ri muito, primeiro porque soou engraçado a sua fala cheia de força e de sotaque, depois porque a aplicação à situação de aflição banal foi muito adequada para uma pessoa tão fora da nossa realidade, e por fim porque tenho a certeza de que ele nem imagina a origem do que acabou de falar.
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